domingo, 26 de setembro de 2010

Alice é entrevistada pelo Política Hoje

Postado em 26 de setembro de 2010
Para ajudar o eleitor a decidir em quem votar no dia 3 de outubro, o site de notícias Política Hoje realiza uma série de entrevistas com os candidatos a deputados federais. Sempre transparente na sua relação com o eleitor, Alice Portugal fez questão de responder às perguntas da reportagem, que vão desde a utilização da verba de gabinete até as motivações que lhe fizeram se candidatar.
Confira a entrevista na íntegra:   

Política Hoje – Por que a senhora se candidatou a deputada?
 Alice Portugal – Sou militante política há mais de trinta anos. Comecei nas lutas contra a ditadura militar, quanto ainda era estudante da então Escola Técnica Federal da Bahia e prossegui durante a universidade, tendo participado na reconstrução da União Nacional dos Estudantes e das manifestações contra o regime militar, em defesa da anistia e da constituinte.
Graduada pela Faculdade de Farmácia da UFBA, ingressei no quadro de servidores do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos, onde passei a militar no movimento dos servidores públicos. Presidi a Assufba e integrei as direções da CUT Estadual e Nacional e da FASUBRA. Depois, por decisão de meu partido, candidatei-me a deputada estadual e exerci dois mandatos na Assembleia Legislativa da Bahia. O destaque desses dois mandatos, particularmente no combate firme aos desmandos e à corrupção do carlismo, permitiu-me eleger deputada federal. Completo agora meu segundo mandato na Câmara dos Deputados brindada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – DIAP como uma das 100 cabeças do Congresso Nacional, exatamente devido a minha atuação na defesa do interesse público, dos trabalhadores e dos direitos da mulher. Portanto, esta história de militância política é mais do que uma justificativa para minha candidatura a deputada federal.
Política Hoje – Por que se considera apta a representar a Bahia na Câmara Federal?
Alice Portugal – A defesa da Bahia e dos interesses do povo baiano na Câmara dos Deputados se relaciona com a luta maior em defesa dos direitos dos trabalhadores, da educação, do desenvolvimento soberano de nosso país. O desemprego na Bahia, assim como a carência de vagas nas escolas ou a falta de maior apoio à agricultura só serão solucionados se nosso país continuar a crescer e desenvolver de forma independente e duradoura.
Defendi os interesses maiores da Bahia e de seu povo nos momentos mais difíceis, quando o carlismo e a ditadura imperavam e impunham suas vontades pelas botas e fuzis. Continuo agora fazendo esta mesma defesa como deputada federal, lutando para trazer para nossa terra mais universidades federais, mais institutos federais de educação tecnológica, mais recursos para os municípios.
Política Hoje – O que pretende fazer pelo estado se for eleita, ou seja, qual é a sua principal bandeira?
Alice Portugal – Nos meus dois mandatos de deputada federal dediquei-me especialmente à defesa da educação pública e gratuita, à defesa do serviço público e dos direitos da mulher. Fui coordenadora-geral da Bancada Feminina da Câmara e integrei por oito anos ininterruptos a Comissão de Educação. Sou uma das autoras da lei que instituiu o Piso Salarial Nacional dos Profissionais do Magistério. Ajudei a criar o Fundeb e tenho contribuído, inclusive com emendas parlamentares, para a ampliação e manutenção das universidades estaduais da Bahia, das universidades federais aqui sediadas e dos institutos federais de ciência e tecnologia. Tenho obrigação de continuar estas lutas que, ao lado da defesa de um serviço público valorizado e eficiente, são a razão de meus mandatos.
Política Hoje – Como a senhora pretende utilizar sua verba de gabinete (R$ 60 mil mensais)?
Alice Portugal – Sou uma deputada popular, que não tem atrás de si empresas ou grupos econômicos, até porque o que defendi e defendo ao longo de minha vida nunca permitiu a aproximação dessa gente. Trinta por cento de meu salário de deputada vai para meu partido. E a verba de gabinete de R$ 60.000,00 mensais é toda utilizada para custear as despesas do mandato com viagens, publicações, aluguel de escritório e contratação de assessoria. Só não usa essa verba o parlamentar que sustenta seu mandato através de outras fontes pouco recomendáveis. Pretendo continuar utilizando tais recursos da mesma forma séria e criteriosa que tenho feito ao longo de dois mandatos.
Política Hoje – O que a senhora fará para manter um alto índice de assiduidade e produtividade, caso seja eleita?
Alice Portugal – A presença do parlamentar nas votações do plenário e nas reuniões das Comissões que integra é uma obrigação, um dever. Só se justifica uma ausência por motivo de saúde ou quando o parlamentar está destacado para cumprir missão oficial.
Porém, deve-se compreender que um deputado ou uma deputada quando tem como tarefa proferir parecer a um projeto polêmico, que redundará em modificações que afetarão a vida de milhões de brasileiros, tem também o dever de ouvir os cidadãos para não cometer erros. E esta audição não se dá apenas entre as paredes da Câmara, mas, também, nas audiências públicas que são realizadas nos estados, junto a setores específicos da sociedade, junto a especialistas no assunto em pauta.
Tenho sido assídua na Câmara dos Deputados e tenho participado de audiências públicas, debates, palestras e conferências pelo país. Pretendo continuar a agir da mesma forma, exercendo um mandato dinâmico, amplo e atuante.
 Veja o Site:
 http://www.politicahoje.com.br/conteudo.php?prefixo=detalhe&menu=artigo&id=17981&idt_categoria0=16

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